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O que diz a súmula 308 do STJ?

dezembro 23, 2024
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um órgão jurisdicional de grande importância no sistema judiciário brasileiro, responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o território nacional. Dentre as diversas súmulas editadas pelo STJ, a Súmula 308 merece destaque devido à sua relevância para a resolução de questões relacionadas à prescrição de ações. Para entender o que a Súmula 308 do STJ diz, é fundamental primeiro contextualizar o conceito de súmula e sua aplicação no direito brasileiro.

Tabla de Contenido

    Contextualizando as Súmulas do STJ

    As súmulas são ementas que refletem a jurisprudência dominante de um tribunal, sintetizando o entendimento da corte sobre determinada matéria. No caso do STJ, as súmulas são aprovadas por maioria absoluta dos membros da Corte e têm como objetivo fornecer diretrizes claras para a aplicação da lei em casos concretos, contribuindo para a segurança jurídica e a padronização de decisões em todo o país.

    A Importância da Súmula 308

    A Súmula 308 do STJ trata especificamente da prescrição de ações relacionadas a pretensões contra a Fazenda Pública. A prescrição, no direito, refere-se ao prazo após o qual uma ação não pode mais ser proposta, seja em razão do decurso do tempo ou da inércia do titular do direito. A Fazenda Pública, que abrange a União, os Estados, os Municípios e demais entidades públicas, possui regime jurídico específico que pode afetar o prazo prescricional de ações contra ela propostas.

    Conteúdo da Súmula 308

    A Súmula 308 do STJ estabelece que, nos termos do art. 1º do Decreto nº 20.910/32, o prazo de prescrição das ações contra a Fazenda Pública é de cinco anos. Este prazo é contado da data em que o direito poderia ter sido exercido, ou seja, do momento em que a parte teve conhecimento do fato que deu origem à pretensão. A súmula visa esclarecer que o prazo quinquenal se aplica às ações contra a Fazenda Pública, independentemente da natureza do direito violado, seja ele de natureza civil, tributária ou previdenciária.

    Aplicação Prática da Súmula 308

    Para que a Súmula 308 seja aplicada, é necessário que estejam presentes os seguintes requisitos:

    • Parte Contrária seja a Fazenda Pública: A súmula é aplicável apenas quando a ação é proposta contra a Fazenda Pública, abrangendo a União, os Estados, os Municípios e as autarquias.
    • Prazo de Prescrição: O prazo de prescrição é de cinco anos, conforme estabelecido pelo Decreto nº 20.910/32.
    • Contagem do Prazo: O prazo prescricional começa a ser contado a partir do momento em que o direito poderia ter sido exercido.

    Impacto da Súmula 308 na Jurisprudência

    A Súmula 308 do STJ teve um impacto significativo na jurisprudência brasileira, pois forneceu uma diretriz clara para a contagem do prazo prescricional em ações contra a Fazenda Pública. Isso contribuiu para a uniformização da interpretação da lei em todo o território nacional, reduzindo a divergência de decisões sobre o tema. Além disso, a súmula ajudou a estabilizar as expectativas dos jurisdicionados, especialmente daqueles que têm pretensões contra a Fazenda Pública, ao estabelecer um prazo claro e uniforme para a propositura de ações.

    Consequências da Aplicação da Súmula 308

    A aplicação da Súmula 308 pode ter consequências importantes para as partes envolvidas em ações judiciais contra a Fazenda Pública. Algumas das consequências incluem:

    • Prazo Máximo para Propostura de Ações: A súmula estabelece um prazo máximo de cinco anos para a propositura de ações, o que pode impedir que ações sejam propostas após longos períodos de inércia.
    • Segurança Jurídica: A aplicação uniforme da súmula contribui para a segurança jurídica, pois as partes têm conhecimento prévio do prazo prescricional aplicável.
    • Redução de Litígios: Ao estabelecer um prazo claro e uniforme, a súmula pode reduzir o número de litígios relacionados à prescrição, contribuindo para a eficiência do sistema judiciário.

    Em conclusão, a Súmula 308 do STJ é uma importante diretriz para a resolução de questões relacionadas à prescrição de ações contra a Fazenda Pública. Ao estabelecer um prazo prescricional uniforme de cinco anos, a súmula contribui para a segurança jurídica, a redução de litígios e a eficiência do sistema judiciário. É fundamental que jurisdicionados e operadores do direito estejam cientes do conteúdo e da aplicação desta súmula para garantir a correta resolução de conflitos e a aplicação uniforme da lei em todo o território nacional.

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